18/02/2018

7 MESES DE NÓS

E é o maior dos clichés da maternidade mas também o mais cruel... o tempo realmente passa muito depressa. Não se consegue absorver todas as conquistas, todas as descobertas dos nossos pequeninos e então com dois esse é um desafio ainda mais difícil. Resta-me escrever para que fique para memoria futura...

Olhar para o Pedro é ver-me. É ver o avô luís. É ver o bisavô Luís que nunca conheci. É sem duvida o mais parecido comigo de aspeto e isso leva-me a pensar numa questão que a Dra. Ana (psicóloga da AVA clinica que nos acompanhou) nos colocou "a carga genética é importante para vocês?". Só agora percebi a dimensão desta pergunta. Só agora é que penso como seria se o meu bebe não trouxesse este legado que agora reconheço no Pedro. Na altura ambos dissemos que não era importante mas a verdade é que agora que estamos confrontados com dois seres maravilhosos buscamos neles pedacinhos de nós, bocadinhos de pessoas que amamos e rejubilamos sempre que reconhecemos neles coisas "nossas". Mas regressemos ao Pedro até na paixão pelo pai é parecido comigo.É vê-lo derreter mal o pai chega ou olha para ele. Cheira-me que vou ter de marcar bem o meu território senão fico órfã de filho mais velho (estou a brincar como é obvio).  Foi o primeiro a chuchar no dedo do pé, e quem diria logo ele que era o menos mexido (obrigada querida Rita por ser a fisioterapeuta mais querida e profissional do hospital da luz, perdoem-me todas as outras) agora é vê-lo seguras nos dois pezinhos com uma destreza enorme e a balançar como se fosse uma folha de papel ao vento. Longe vão os tempos em que deixavas cair a tua cabecinha e com ela caiam as minhas lagrimas por não te conseguir ajudar. Estes 7 meses trouxeram um Pedro reguila, que vira e revira com ansia de tocar em tudo e descobrir tudo. Tudo lhe serve para colocar em pratica o contorcionismo que adquiriu na fisioterapia. Bebe água a medo pois não lhe acha grande piada, chupa o pão e comeu a sua primeira metade de uma bolachinha. Conversa muito e anda enraivecido com os dentes que ainda não tem. Tantas evoluções neste filho querido que apenas peço ao tempo que abrande, que se consuma de forma mais lenta para absorver tudo isto.

O Francisco é a curiosidade em estado bruto. O mais observador dos dois. Olha para tudo com fome de conhecimento. Abre muitos os olhinhos, abre os braços, estica-os e grita um "éeeeeee" que representa um quero ver, quero tocar, quero saber o que é... é dos dois o mais físico. Gosta de nos tocar. Faz festinhas (ainda que sob a forma de beliscões muitas vezes), toca-nos quando bebe o leitinho, toca-nos quando está ao nosso colinho. Adora passar a mãozinha pequenina pela barba do pai (o buço da mãe não lhe interessa nada ah ah ah ) e continua a dar as gargalhadas mais contagiantes que conheço. É impaciente e tem lutas infindáveis com o seu coelhinho na hora do deitar. Usa o seu dedinho indicador para tocar naquele pormenor que quase ninguém vê mas que desperta a sua curiosidade de quem está a descobrir o mundo. E se o Pedro se ilumina quando vê o pai, o Francisco fá-lo quando me vê. Tem guardado para mim o olhar mais meloso e doce que alguma vez saboreei (esqueçam os babetes porque a baba desta mãe não tem fim), o sorriso mais rasgado e sonoro que os meus olhos e ouvidos já experienciaram. Tantas reguilices que este pequenino nos faz mas tao maravilhosas. E desconfio que será o mais parecido comigo em termos de feitio pois tao depressa é docinho como o mais fofo dos algodoes doces como é bruto como um trator agrícola. E é dado a um belo dramatismo regado pela sua lagrima facil

Os meus filhos não são os mais bonitos e os mais perfeitos e mais mi mi mi do mundo como muitos pais gostam de gritar aos sete ventos mas são certamente o tudo do MEU mundo. Que venham os 8 meses... estamos preparados!




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