23/07/2016

O QUE EU ANDO A LER #2

O ano passado nao havia pessoa com que me cruzasse que não estivesse a ler este livro. Já não aguentava ver a capa e o titulo "A rapariga no comboio". Duvidei. Não comprei. Adiei
Este ano tropecei nele de novo e trouxe-o para casa... li-o em dois dias. AMEI.

Este livro tem tudo o que me faz ficar agarrada a um livro: personagens densas, com historias complicadas, reviravoltas que nos apanham desprevenidos e nos fazem descarrilar... recomendo vivamente esta leitura para pessoas que como eu adoraram o Gone Girl (em parte incerta em português).

NOTA - Pronto tenho uma confissão a fazer... ainda não o terminei. Faltam-me duas paginas porque estou com muita dificuldade em dizer adeus à Rachel e companhia.

Boas leituras!

22/07/2016

40+1 A HISTORIA DE UM ANIVERSARIO #2

O meu dia de aniversario já vai longe e hoje não é um dia especialmente feliz, para mim e para o mundo. Hoje faz 2 anos que a minha avó paterna deixou esta vida terrena e hoje 3 homens armados (em parvos acima de tudo) atacaram inocentes em Munique. Mas há uma lição que a minha avó me ensinou e que hoje coloquei em pratica, continuar a viver, relembrar memórias boas e não dar importância a quem apenas merece desprezo (e não os holofotes da fama sempre que falamos neles ou sempre que partilhamos videos em que participam). Por tudo isto hoje deixo-vos aqui os miminhos com que fui brindada no passado dia 17 de Julho.

nota - no dia em que partiste eu vi uma borboleta branca, há muito que não me lembrava de ter reparado em alguma borboleta. Desde então sempre que me cruzo com uma sorrio. Hoje ao acordar e ao preparar-me para ir tirar uma fotografia ao jardim cruzei-me com uma... e apesar do dia não ser de alegria eu sorri e disse "Bom dia". 

Este livro vai fazer-me desafiar e tentar uma arte que nunca experimentei - os origamis. A ver vamos se tenho sensibilidade e habilidade que chegue.

Muitas vezes perguntam-me "O que gostavas de receber no teu aniversario?" e a resposta imediata é "Livros" e insistem "ohhh mas diz lá o que gostavas mesmo" e eu volto a dizer "Livros, livros e livros". Eu sou pessoa de livros logo gosto de livros. O primeiro de cima li em dia e meio e o segundo cheira-me que vai pelo mesmo caminho... 

Para aqueles que estão a revirar os olhos e a pensar "mais tênis sara maria???" tenho a dizer em minha defesa que entraram estes sairam outros já muito velhinhos e cansados. Mas não me sensurem afinal de contas uns tênis brancos fazem muita falta (e reforço o muita) no guarda roupa de uma senhora

"Nao é pelo valor do presente mas porque sei que é o teu personagem favorito" diz-me ela. Ela que me conhece há mais de vinte anos. O boneco foi um presente de mim para mim (sim eu não posso ir à loja da DISNEY muitas vezes que venho de la sempre com mais qualquer coisinha do rato da minha vida) e é o estojo mais (ineficiente) lindo do mundo!!!!! Dada a sua dimensão duvido que algum dia saia à rua mas que dá um belo "biblot" dá não acham?

Os meus sobrinhos trouxeram-me um saco feito com um pano gírissimo de terras africanas - cabo verde. Aqui cabe o meu mickeyzinho se ele quiser sair à rua

E por fim dizem que os grandes tesouros vêm em caixas pequenas...  não sei se é assim porque na realidade deixo-me emocionar por todos os presentes pois sem que vêm de pessoas especiais e que gostam de mim. Eles que estão sempre a dizer que tenho muito de tudo e que só tenho um pulso e um par de orelhas acabam sempre por alimentar estes meus "pequenos luxos" mais umas argolas de ouro escovado e super leves e o relógio mais lindo dos últimos tempos (depois de um período zangada com a marcar este relógio digital já me tinha feito suspirar)

21/07/2016

O QUE EU ANDO A LER #1


É nesta altura do ano, dias longos de praia entenda-se, que aproveito para colocar a leitura em dia. Quer dizer, na verdade, é quando tento que os livros tenham a importância que outrora tinham na minha vida em detrimento de todos os gadgets começados por “i”.

E posso dizer-vos que o livro de que vos falo hoje foi lido por mim em um dia e meio. É verdade! Na capa prometia ser o acontecimento editorial do ano de 2016 (e ainda este vai a meio) o que achei um pouco presunçoso. Nas críticas referiam que os leitores que gostaram da trilogia Millenium, de Stieg Larsson e em parte incerta de Gillian Flynn (da qual sou fã indiscutível), não iriam ficar indiferentes. Confesso que as primeiras 100 páginas do livro não me deslumbraram e se pensarmos que o livro tem 300 já estava a ver o caso mal parado, mas… acontece que nas restantes de facto a narrativa passa por um sucessão de acontecimentos que fazem com que fiquemos presos a este thriller de L.S. Hilton. Mas aqui que ninguém nos lê, não me convenceu ainda.

O que eu não gostei do livro? Do fim! E aposto que vocês também não vão gostar quando lerem… CONTINUA!

Nota - agora é esperar que a senhora liberte a restante história para que entendamos esta maestra que nos foi apresentada neste primeiro livro.

19/07/2016

40+1 A HISTORIA DE UM ANIVERSARIO #1

Esta é a história de uma menina que não sabia escrever.

Ela estava ali bem à minha frente, entretida com os seus familiares, a almoçar. Eu entretida estava, em família, a celebrar mais um aniversario, a almoçar.

Chegados ao final da refeição, chegou o bolo e o cantar do clássico parabens a você. Quando me apercebi toda a sala cantava a uma só voz e brindava-me com uma salva de palmas emocionante. Os meus olhos cruzaram-se com os dela e sorrimos. Ela era tão bonita e estava tão genuinamente feliz. Ofereci-lhe uma fatia de bolo que ela docemente aceitou. Sorrimos novamente uma para a outra e voltamos cada uma para as respetivas famílias.

Quando dei por mim tinha-a ali ao meu lado com um papelinho e com a voz docinha dos seus 5 anos disse-me "Eu não sei escrever mas eu também me chamo sara e escrevi aqui o teu nome...podes escrever ao lado as iniciais do teu nome para eu acrescentar?" Não imaginam o esforço que fiz para não me agarrar a ela, abraça-la e desfazer-me em lagrimas. Cedi ao seu pedido e em segundos aquela mãozinha escreveu as iniciais do meu nome. Disse-lhe que iria guardar aquele papelinho com muito carinho, dei-lhe um beijinho doce e dividi com ela um docinho do meu rato favorito (o mickey claro). Lá foi ela toda sorridente...

Antes de ir embora veio despedir-se de mim e entregou-me mais um papelinho. "Sara fiz um desenho para ti!"

Este presente não tem preço, não foi pensado nem estudado antecipadamente. Este presente valiosíssimo veio de uma menina chamada Sara que não sabendo escrever transformou aquele
momento num poema que jamais esquecerei.

Obrigada Sarinha <3

18/07/2016

AS PALAVRAS POSSIVEIS




Falar de afetos e de emoções nunca foi fácil para mim. Talvez por ser filha única sempre guardei as palavras para o papel e as outras, as mais difíceis de libertar, sempre habitaram em mim. Ecoando todos os dias da minha existência. Colando-se nas paredes das minhas entranhas.
Quando me aproximava dos quarenta comecei a perceber que algo mudava em mim. Comecei a interrogar-me se seria isto a que muitos se referiam como a crise dos quarenta. Não, não creio que foi isso. Creio que não foi isso que mudou em mim. Na verdade o que realmente mudou foi que comecei a verbalizar mais os meus afetos, Amo-te, gosto de ti, tenho saudades, obrigada, por favor, desculpa são palavras que digo com muito menos pudor e com muito mais intensidade. E se as digo é porque sinto cada letra que lhes dão corpo.

Esta introdução serve apenas para vos explicar  o quanto me emocionou ler cada palavra que me foi dirigida ao longo do dia de ontem. Na verdade não sei se serei merecedora de todas mas acreditem que em tudo o que me envolvo faço-o de coração e com o coração, neste forma imperfeita de existir.
Por isso mesmo estas primeiras palavras pós aniversario têm se ser de gratidão e de agradecimento. É muito mais fácil envelhecer, aceitar as mudanças que a idade nos impõe, com o coração cravejado de afeto e carinho. BEM-HAJAM!

E agora quem quer ver presentes? (sou uma mimada em ponto de ebulição nota-se muito?)

12/07/2016

PULSEIRAS #104

Todos temos um rei, uma rainha, príncipes ou princesas que nos aquecem o coração e que nos fazem o sangue pulsar. A minha coroa tem o nome João. O meu rei, o meu príncipe, o meu tudo e esta é a minha homenagem ao homem da minha vida.

Pulseira KING & QUEEN em fio de seda preto, com missangas prateadas em zamac (material que não oxida, não perde a cor e não deforma) e coroa em alumínio (material super leve que não oxida, não perde a cor e não deforma). Esta é aquela pulseira que andará sempre no seu pulso e que não sentirá que ela lá está... só quando o seu olhar se cruzar com o seu pulso.

Ousam?


09/07/2016

FORÇA PORTUGAL!!!

Escrevo hoje estas palavras pois é muito fácil dizer coisas acertadas e assertivas depois da historia estar escrita. 
É hoje na incerteza dos factos que o meu coração me diz que “É possível. Vai ser possível!”. As palavras que têm sido usadas contra nós, uma nação de verde e vermelho vestida, por perdedores, pelos mídia que deveriam ser idóneos, pelos cuspidores de opiniões que nada mais são do que profetas da desgraça, pelos pequeninos de mente que teimam em adjectivar um povo que é muito maior do que as suas fronteiras, estão gravadas em todos os que as leram. Faz ferver o sangue e lembrar a todos que há séculos atrás este povo “nogentinho” foi dono de metade do mundo, explorou de forma destemida terras que nunca outros ousaram percorrer, transformámos o cabo bojador em cabo da boa esperança e domámos o temível adamastor. Há muito que deixámos de ser (apenas e com todo o respeito) o povo das mulheres adias e dos padeiros. Nós somos  a Joana Vasconcelos que foi a primeira mulher a expor em Versailles, somos o Vhils que percorre mundo e destrói (literalmente) todos os obstáculos com que se cruza, somos Amália que tantas ovações arrancou por esse mundo fora e somos Ronaldo. 

Nós somos cada letra que este nome contém: R revoltado, O obstinado, N nobre, A altivo, L líder, D dominador e O orgulho. Somos a Revolta de se ver constantemente comparado com outros quando todos os recordes e números falam por si. Somos Obstinação por nos julgarem e nos subestimarem. Somos Nobre nação valente e imortal como o nosso hino tão bem diz. Somos Altivez mas aquela altivez que só quem sua para lá chegar merece ter. Somos lideres pois sempre nos fizemos ao mar sem medo de enfrentar tempestades e tormentos. Somos dominadores porque nascendo num pais pequenino nos espalhámos pelo mundo deixando as nossas raízes Somos a gana de ganhar e o conquistar o mundo pelo pulso e não porque nascemos em condições favoráveis.

Escrevo hoje estas palavras pois é hoje que o sonho se mantém vivo. Sonhemos. Sonhemos em grande. Imaginemos o símbolo do pais da bandeira azul, branca e vermelha, a torre Eiffel, com as nossas cores. Imaginemo-nos a correr as ruas de cidades, vilas aldeias e aldeolas a gritar a plenos pulmões pelo nosso país. Amanha é através do futebol e de 11 jogadores em campo que o nosso sonho vai ser sentido por milhões de pessoas no mundo.

Eu acredito, hoje e sempre, que os “pequeninos, nogentinhos e que jogam mal” vão calar as vozes dissonantes e o grito SIMMMMMMMMMMMMMM se ouvirá tão alto que todos se calarão.


Se lutamos contra os canhões o que são homens para nós? Força PORTUGAL! 

03/07/2016

VIAJAR COM A MUSICA

O mês de Julho acabara de chegar e eu já me questionava sobre se aguentaria até ao fim... por vezes basta um grão de areia para que a maquina (leia-se cabeça) fique presa e deixe de ver as coisas com clareza. Perde-se o discernimento para perceber que à nossa volta há tanto para agradecer e que esse pequenino grão de areia tem, de facto, a importância que lhe quisermos dar.
Mas o universo ou alguém lá em cima tem uma forma sábia de nos colocar no bom caminho e quis que por força de um acaso uma querida vizinha/amiga nos proporcionasse o escape necessário para aquele dia: um concerto do Rodrigo Leão no Auditório Fernando Lopes Graça (parque palmela) em Cascais.

Sem cabeça para conjugar ingredientes, muito menos de fazer a alquimia de os converter num belo jantar, decidimos ir experimentar o Mercado do Peixe e do Marisco. Se calhar íamos com as expectativas elevadas o que é certo é que achámos tudo muito fraco e acabámos por comer num sitio que muito nos agrada no Quiosque do Bar do Guincho. De marisco e peixe não vimos mais do que o habital sem nada nos fazer perder de amor. Os contentores disfarçados de arraial de Santo António deixam muito a desejar, não só pelo aspecto estético como pelos ingredientes que apresentam.

Rumámos ao parque Palmela, afinal de contas o mote do nosso passeio era o concerto, para ouvir o Rodrigo Leão e a sua convidada especial Selma  Uamusse.

Meu deus como foi bom. Como foi bom deixar-me guiar pelas emoções, fechar os olhos e deixar-me ir... E fui. Mergulhei nas águas frias da costa vicentina... senti o calor da mão da minha avó quando me levava à vacaria para comprar leite fresco, sentei-me no tractor ao lado do meu avô e senti o sol a queimar-me a pele, comi macarrons na Fauchon e percorri Montmartre de lés a lés, tomei café com a Amélie Poulain, dancei no gato preto gato branco ao lado do Kusturica, abracei a Selma e disse-lhe baixinho que tem o tom de voz de uma ninfa do Tejo, chorei, sorri.. e tudo ali. Naquele jardim ao ar livre a ouvir Rodrigo Leão o grão de areia ficou depositado no deserto e saí de lá a achar que o mês de Julho acabara de chegar e que ia ser um bom mês.


Obrigada Rita por estes momentos bonitos <3

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