30/08/2016

UM ABRAÇO QUE CURA

São assim os nossos abraços... de bochechas esborrachadas uma contra a outra, este num dos dias mais importantes da minha vida


Ultimo dia do ano de 2015. Já não me recordo de quem ligou a quem, a verdade é que não importa. Há muito que a nossa amizade de mais de 20 anos dispensa estas formalidades. Era altura de fazer aquela troca de desejos genuínos de quem ama quem está do outro lado (sim porque eu amo os meus amigos), aproveitei para te colocar ao corrente do que se tinha passado na nossa vida nos últimos dias. Ficaste triste comigo, eu senti na tua voz, e eu sem saber como te dizer que não consegui falar por incapacidade de gerir tudo o que nos estava a acontecer, sem te saber dizer que também não te queria preocupar, que apenas queria encontrar respostas para depois sim te colocar ao corrente. Chorámos ao telefone, em sintonia, num ritmo nosso. Como não te desejar o melhor do mundo se independentemente dos erros que todos vamos cometendo na vida, e aprendendo com eles, sempre estivemos próximas e ali uma para a outra. Ficou a promessa de que não mais te protegeria desta forma e que te colocaria a par da nossa missão, ficou a promessa de que 2016 seria um ano melhor. Desligámos.

Ultimo dia do ano de 2015, passadas horas depois daquele telefonema, o intercomunicador toca. Na cozinha os meus pais a organizarem a ceia de final de ano, o João lá dentro a arrumar o equipamento fotográfico para registar as ultimas horas do ano, os meus sogros quase a chegar e eu, eu no corre corre de quem quer receber bem os seus. Toquei no botão do intercomunicador e vejo-te. A única coisa que consegui foi sorrir e já as lagrimas teimavam em surgir nos meus olhos.

Mal abro a porta, bastou os nossos olhares se cruzarem para que dessemos aquele abraço que não tem descrição. Um abraço onde os corpos se perdem, onde as dores se dividem, onde as alegrias se multiplicam... mal sabias tu que aquele abraço tao inesperado me iria servir tantas vezes de incentivo. Revejo-o tantas vezes amiga. Sinto o teu abracinho apertado e penso que vai ficar tudo bem. Vai não vai Marta?


2 comentários:

  1. Tenho a certeza que sim, com esse vosso (mais do que sentido) abraço e esse olhar... claro que sim! ;-) Beijitos

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    1. Há gestos que não carecem de palavras ... e esta imagem diz muito do que esta amizade representa para mim. Beijinhos e obrigada pelas palavras queridas <3

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