Cada vez que rumo ao sul, à nossa terra maravilhosa, regresso à minha infância feliz.
Deixo de ser arquitecta, desaparece a FIOAPAVIO e fica apenas a Sarinha.
Ficam os afectos, ficam os cornetos comidos às 10 da manha resultado de uma jogatana de cartas que se ganhou, fica o ir à vacaria com o cantil comprar o leite fresco, fica o esperar que a carrinha do pão passe à porta e traga os bolinhos "enrolados" (sem gila), ficam as saudades... muitas. Tantas que mal se aguentam.
Já não tenho aquele olhar docinho mas critico à minha espera: "estás mais gordinha", "emagreceste",... na hora de chegada. Já não preciso olhar para trás para fazer adeus até que a distancia nos impeça o contacto visual... vocês já não estão la.
Ontem em mais uma viagem os meus ouvidos voltaram a ouvir um Sarinha e esta simples palavra trouxe tudo à memória e mesmo com as lágrimas (escondidas) a correrem-me no rosto o meu coração veio cheio.
Ontem eu fui à terra e trouxe saudades... vossas... nossas!
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