02/07/2020

DIÁRIO DE UMA FUTURA EX-GORDA - RUMO AO MEU NOVO EU #25



Um mês! Passou um mês desde que se fez o clic na minha vida. 

Foi um mês estranhamento leve. Não me custou assim tanto abdicar de todas as gordices que me fazem feliz (sim porque a pessoa ainda não vive a suspirar por brócolos, mas se me falarem num geladinho do Santini o som deve chegar à Trafaria). 

Alguma ansiedade associada à balança que tenho de controlar futuramente, mas também acho que é normal pois embora eu saiba que os números não são a única coisa que importa, é a eles que uma pessoa vai buscar o estímulo (ou não). 

Acredito que isto tem corrido mesmo bem porque tenho a certeza de que não estou a abdicar de nada para sempre. Eu vou voltar a comer de tudo, mas… e aqui há um grande, MAS agora na proporção invertida. O normal é não comer arroz, o normal é não comer massas, o normal é não comer bolachas, o normal é não comer doces…, mas há lugar à excepção. Não há dias de asneiras obrigatórios, há datas importantes que devem ser celebradas. 

Hoje celebrei com duas torradas e uma belíssima caneca de café (Nespresso what else?) sem qualquer remorso. Com a mesma naturalidade que bebo um smoothie de fruta e legumes peguei na minha caneca. 

Este mês tenho como missão juntar algum exercício físico. Regressar às minhas corrinhadas (corrida e andar depressa), queria ver se conseguia ir 3 vezes por semana… vamos ver! 

Perdi 7 quilos sólidos (já ali a roçar os 8) e sinto-me capaz de mudar o mundo. Sinto mesmo. Tenho arrumado gavetas da minha cabeça muito mal-arrumadas, levantado todos os tapetes e aspirado tudo o que coloquei lá para não me chatear. Mandei fora muitos sentimentos que me estavam a fazer mal, a contaminar, a atirar para o fundo. O senhor meu marido aqui deve receber todos os créditos pois repete esta frase vezes sem conta “sara não esperes que os outros façam por ti o que tu estás disposta a fazer por eles”, “tu não vais mudar as pessoas” … pois! Eu não posso mudar as pessoas, mas estava a permitir que as pessoas me mudassem … ao ponto de eu não me reconhecer. E ACABOU. Acabei de lhes retirar esse poder. 

Estou aos poucos a voltar a mim. A ter orgulho nas minhas decisões internas. 

Vamos lá Julho que tu és o mês que me deu vida. O mês que deu vida à minha FIOAPAVIO. És um mês de festa!

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