17/07/2019

ADEUS 43 ATÉ NUNCA MAIS... 44 ESTOU PRONTA!






E assim de mansinho chegaram os 44.

Mentira!! Não foi nada de mansinho foi mesmo à bruta e em boa hora chegaram. Os 43 não me vão deixar saudade. Não vão mesmo. Apenas a gratidão me faz não afirmar que foi um dos piores anos da minha vida. A gratidão de não ter perdido nenhum dos meus, a gratidão de ver a minha FIOAPAVIO crescer, a gratidão de ter ao meu lado os meus três homens, a gratidão de ver os meus pais serem avós, mas o resto… o resto não deixa muitas memorias.

Foi o ano em que mergulhei no meu interior mais profundo, em que voltei a ter medo de mim e de alguns dos meus pensamentos, o ano em que me perdi, em que deixei de me reconhecer, em que gritei, em que me gritaram, em que chorei (chorei tanto meu deus), em que deixei de olhar ao espelho na totalidade, em que fugi de todos os reflexos meus que os vidros me tentaram devolver. Foi o ano de uma exaustão até aqui desconhecida. O ano que me questionei se há mesmo amores para a vida toda, se os meus filhos ficariam melhor sem mim (sim pensei isto… e isto prova o quão horrível este último ano foi. O ano em que gritei, em que não me reconheci, em que me gritaram, em que me perdi vezes e vezes sem conta sem nunca me encontrar. Foi o ano dos imprevistos que tanto me incomodam. O ano do desenrasca e do deixa andar. O ano da fuga para frente sem rumo.

Os 43 foram mesmo terríveis. Ímpares, como todos os números que não gosto.

Foi o ano que me senti sozinha, só, isolada, colocada de lado, esquecida. O ano em que nunca me encontrei. Em que equacionei relações, amizades que julguei de uma vida para a vida.

Bem-vindos 44.

Um ano novo, um ano que quero que seja de encontro. De reunião com um eu que não sei por onde anda (e que ficou naquela sala de partos do hospital da luz num dia 22 de junho de 2017). Um ano que pretendo de equilíbrio, de novas rotinas, de um egoísmo nas medidas certas para me voltar a orgulhar de mim. Um ano novo à minha espera.

Sinto que estou preparada para a mudança. E ainda que por momentos, dias, semanas, as forças me faltem fica a certeza de que não há pressa em chegar e que o caminho é que é importante. Parar, respirar fundo e retomar não é desistir, é saber aproveitar as pausas que a vida nos coloca muitas vezes.

Que estes 44 anos me devolvam a mulher, mãe, amante e amiga

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