02/12/2014

MINHA MÃE. MINHA!

Minha mãe. Minha. Tão minha como eu serei sempre tua.
Por vezes o poder das palavras mal ditas parecem afastar-nos, mas não mãe. Eu sou assim. Imperfeita na forma de te mar. Na forma de te dizer que peço a Deus que me transforme em metade da mulher que és. Metade já chega.
És guerreira. Habituei-me a ver-te a arregaçar as mangas e a não ter medo de nada. O desconhecido para ti sempre foi forma de te superares. E mesmo todas as palavras que ouviste e que te dilaceraram ao longo dos anos conseguiste guardar num lugar esquecido do teu coração. Dás a outra face sempre que te magoam. Dás o teu casaco mesmo que tenhas frio. Dás a palavra de alento quando tu própria choras. 
Minha mãe. Minha. Tão minha como eu serei sempre tua.
Só um ser especial poderia ter três datas de aniversario: o dia em que nasceste, a data em que foste registada e a data que está no teu bilhete de identidade. Especial não é?
Gosto tanto de ti que nunca encontrei forma de to demonstrar. Sempre que abri a boca para to dizer as palavras sempre me soaram a tão pouco, talvez por isso as calei muitas vezes. Desculpa se não te disse as vezes que precisavas de ouvir que és o meu porto seguro quando me sinto a afundar. Que me deste a vida duas vezes. Que me salvaste tantas mas tantas vezes dos meus pensamentos mais demoníacos. És a minha paz.
Minha mãe. Minha, Tão minha como eu serei sempre tua.


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