Quando naquele dia todos os
noticiários davam como perdidas várias vidas, de jovens, em circunstâncias
estranhas, o meu coração tremeu.
Não é preciso ser-se mãe para
sentir que naquele momento as vítimas seriam muitas mais do que o número de
corpos encontrados sem vida. Pais e mães perdiam ali a sua razão de viver de
forma aparentemente estupida e sem sentido.
Não consigo sequer imaginar a dor.
Não consigo mesmo. Deve ser a dor maior. A minha indignação nos dias seguintes,
a revolta perante as patéticas explicações, a incredibilidade face ao silêncio
de todas as entidades e pessoas que deveriam estar interessadas em resolver o mistério
instalado, foi crescendo. Como sobreviverão estes pais sem respostas? Não faço
a menor ideia mas a minha admiração e estima pela sua resiliência e luta é
incomensurável.
Um dia destes o meu trabalho
cruzou-se com uma destas mães e hoje as minhas mãos elaboraram, com o de melhor
que existe em mim, vários miminhos que servirão para esta mãe dizer obrigada a
algumas pessoas. E não é orgulho o que sinto. Nem sequer vaidade, mas sim uma
enorme carga emocional e medo de que uma pulseira, tão despretensiosa, não seja
símbolo suficiente desse enorme sentimento de gratidão.
Esta semana a FIOAPAVIO cruzou-se
com a tragédia do Meco e eu sinto-me imensamente grata e pequenina perante este
momento.
Muito bonitas mesmo.
ResponderEliminarMais do que a sua beleza estética é mesmo o seu valor sentimental <3 mas sao peças simples e com uma bonita mensagem associada!
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