26/01/2014

ÉS LINDA MULHER MALDITA

Esta poderia ser a frase escolhida para descrever uma noite absolutamente indescritível, mas seria pouco. Muito pouco.
O CCB estava esgotado. Lotado. Pessoas novas, pessoas mais velhas, pessoas assim a assim, pessoas conhecidas, pessoas anónimas, pessoas eruditas, pessoas do povo. A todos estava reservado um serão único e memorável.
Mal ela entrou eu quis ser um atacador das suas sapatilhas (é assim que se diz na terra da Gisela). Sentir os saltinhos que a sua tensão e corpo de menina pequenina e nervosa iam soltando. 
Quis ser tinta das suas tatuagens para sentir a força e energia que imprimia nos seus gestos. Espontâneos. Libertadores. Viscerais. Não é possível simular ou encenar o que se assistiu naquele palco.
Ontem eu quis ser um fio do seu cabelo para voar ao sabor dos gestos bruscos a que se movia.
Quis sentar-me no baloiço do teu braço e balouçar-me a cada acorde que te (nos) fazia vibrar.
Esta menina mulher é tão grande que não cabe no seu corpo. Será que ela percebe isso? 
Será que ela percebe que depois daquele serão partilhado connosco, em casa como fez questão de dizer, ela já é nossa?
No regresso a casa já não éramos seis... contámos sete. Trouxemos a Gisela connosco. Cada um de nós trouxe uma interpretação do que acabara de assistir, mas com uma certeza comum:  Gisela João é uma linda mulher mas a sua maldição é a de estar presente na banda sonora das nossas vidas por muito tempo.



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