Nos últimos dias tenho pensado muito no que os meus filhos veem quando olham para mim.
Dir-me-ão que são demasiado pequenos para verem tudo o que não me agrada neste momento mas a verdade é que tendo como base um inquérito que muitos pais fizeram aos filhos pequenos, e que circulou nas redes sociais, as respostas das crianças são surpreendentemente duras quando analisadas.
Basicamente o inquérito consistia em fazer perguntas sobre a mãe e perceber que mulher eles veem ou chega a eles. As resposta iam do mais engraçado ao mais cruel. E eu entendo como cruel uma criança que responde que o que a mãe mais faz é estar ao telefone, ou ao computador ou ao ipad. Ou que grita, ou que não sorri, ou que se chateia por tudo e por nada …
EU SEI que não quero ser esta mulher que acabei de descrever.
EU SEI que se eles falassem se calhar seria assim que me descreveriam (o trabalho em casa é inglório pois obriga-nos a impor regras rígidas senão caímos no erro de responder a toda a hora, sem limites nem barreiras)
EU SEI que muita coisa tem de mudar.
Eu prefiro correr o risco de me "acusarem" de ser a mãe que pinta livros de cor, a mãe que anda sempre a ler um livro, a mãe que os chateia para rebolar no chão e que dá gargalhadas altas.
EU SEI que mãe gostaria de ser para os meus filhos e ainda que me exija mudanças enormíssimas em termos pessoais está na altura de as fazer… por eles, por mim, por todos.
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