No passado sábado fomos a Fátima e foi ali, naquele local de fé, de oração e de contemplação que surgiu, sem pedir licença: Porquê eu?
De joelhos, de pés em ferida, de corações despedaçados ou repletos de gratidão, as pessoas encontram-se ali sem hora marcada. Todas elas com intenções que só elas saberão. Mas porquê eu? Vejo braços que seguram 16 velas, vejo mãos que seguram apenas uma... todas com a mesma convição, com os mesmos receios, com os mesmos medos e certamente com a mesma fé. Há quem acenda uma a uma, há quem as atire para a pira de uma só vez de forma aleatoria, há de tudo mas no final o simbolismo é o mesmo - um acto de fé.
Mas porquê eu? pergunto vezes sem conta de mim para mim. Olho à minha volta e vejo rostos marcados pela dor, cheios de esperança, cheios de fé. Rostos marcados pela vida, que historias esconderão? Porquê eu Senhora? Porquê eu mãe? Porque me concedeste esta enorme benção que sinto não ser de todo merecedora (mas que desejava) e ainda por cima a duplicar? Porque me escolheste de entre tantas outras mulheres que anseiam viver este momento de felicidade suprema? A verdade é que não encontro resposta para as minhas questões, apenas um sentimento - GRATIDÃO! Aprendi algures na vida que a gratidão é a memória do coração e o meu transborda desse sentimento.
Não sei porque me escolheste para acolher estes dois seres de luz, não sei porque foi o meu corpo selecionado para os trazer ao mundo mas aceito-o de peito aberto e como missão de vida.
Obrigada por me teres mostrado ali, num local de magia, que o porquê não existe apenas associado a coisas menos boas. Que o porquê deve ser audível acima de tudo quando a vida é generosa. Continuarei à procura de respostas, continuarei a procurar em mim o que me faz merecer tamanha graça e alimentarei mais vezes a questão me levou a escrever hoje: Porquê eu?
Não sei porque me escolheste para acolher estes dois seres de luz, não sei porque foi o meu corpo selecionado para os trazer ao mundo mas aceito-o de peito aberto e como missão de vida.
Obrigada por me teres mostrado ali, num local de magia, que o porquê não existe apenas associado a coisas menos boas. Que o porquê deve ser audível acima de tudo quando a vida é generosa. Continuarei à procura de respostas, continuarei a procurar em mim o que me faz merecer tamanha graça e alimentarei mais vezes a questão me levou a escrever hoje: Porquê eu?
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