Dormi mal. A noticia que recebera ao final do dia não me deixou sossegar. Infelizmente quando uma amiga perde o seu porto seguro, o seu pai, a primeira corrida da nossa vida perde toda a importância.
O despertador tocou já eu há muito estava acordada. Sete da amanha foi a hora que nos colocámos a mexer rumo à nossa primeira corrida.
Encontro marcado com dois amigos queridos, que isto assim dividido parece que custa menos, e lá fomos nós. Carro estacionado junto ao museu de etnologia (big mistake porque à volta e já quase sem força temos de subir aquela distancia toda) e lá fomos nós, alegres e saltitantes.
Autocarro, comboio, um rio deixado para trás e a chegada ao Pragal. Um mar de gente de todas as cores, idades, nacionalidades, tamanhos... de tudo. Que bom! Que reconfortante ver que todas aquelas pessoas poderiam estar em casa a lamentar-se da vida e das injustiças mas não! Escolheram estar ali, naquele sitio e preparadas para correr, caminhar, andar, passear... domingar mas de forma saudável.
O meu coração bateu no momento em que o meu telefone tocou... era a Ana. Uma das minhas Anas, daquelas que têm poderes especiais e que puxam por mim e não me deixam ceder ao facilitismo. Finalmente eu ia tocar-lhe, agarra-la. Quis o destino que a mini e a meia maratona estivessem separadas por uma rede mas nem isso nos impediu de nos sentirmos. Que bom. Era mais um sinal de que algo ia acontecer.